Só remédio não cura: Saúde discute formas alternativas de cuidado

A última quarta-feira, dia 29 de março, foi marcada pela Jornada de Capacitações da Secretaria Municipal de Saúde, com encontros voltados para a discussão e avaliação dos serviços de Atenção Básica ofertados no município. Na centralidade desses debates, as Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) ganharam destaque por sua conduta ampliada, que considera o cuidado com a saúde pelos aspectos: físico, psíquico, emocional e social.

Conforme definição do Ministério da Saúde, as PICS são estratégias que se utilizam de técnicas milenares, saberes populares, movimentos artísticos, entre outros recursos terapêuticos que proporcionam bem-estar e, por consequência, contribuem para a prevenção e tratamento de doenças. Em Sacramento, as atividades desenvolvidas pelo Programa Academia Viva são exemplos bem sucedidos da implementação dessas “outras formas” de cuidado, com a oferta de práticas esportivas, acupuntura, ioga, ateliê artístico, terapia em grupo e outras inúmeras atividades.

Buscando avaliar as estratégias já utilizadas no município e articular novos métodos de cuidado integral à saúde, a primeira oficina da Jornada de Capacitações foi voltada para os profissionais ligados a Rede de Atenção Psicossocial, Academia Viva e Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF), que se reuniram, no Centro de Fisioterapia e Práticas Integrativas “Marta Helena da Silva”, sob orientação da psicóloga Ana Carolina Loyola Afonso.

Em um segundo momento, realizado no Centro de Convivência da 3ª Idade "Conceição Altair Tavares", esses profissionais se juntaram a outros especialistas (farmacêuticos, médicos, dentistas, enfermeiros, agentes comunitários e coordenadores administrativos) para uma roda de conversa sobre medicalização excessiva e apresentação de estratégias complementares.

De acordo com o secretário de Saúde, Dr. Reginaldo Afonso, para além dos inúmeros benefícios da introdução de práticas integrativas e complementares, ampliar a concepção de cuidado com a saúde é importante também para redistribuir os serviços e aliviar as unidades de saúde.